Bucólico

Sinto teu cheiro doce
A invadir minhas narinas
De uma forma tão gostosa
Que chego a sentir o teu gosto
Descendo goela abaixo,
Revirando meu estomago de felicidade.
O simples toque na minha pele
Faz-me lembrar da falta que me fizeste.
Mas me conforto, pois agora estás aqui,
Tão perto, tão junto.
Oh verde do sertão!
O que seria de mim
Sem teu cheiro doce de mato novo?
Sem teu gosto suave de terra,
Agora verde e molhada?
Sem tuas relvas
Que me cercam e me prendem a ti?
Vem e não vai!
Porque sou teu, meu sertão, que é tão meu…


Ariadna Sampaio Camurça (Itapipoca, Ceará, 1999). Arrisca-se como violoncelista e cantora, estudante de comércio e música, a qual sempre foi amante. Vinda de uma família cheia de poetas, filha de Aurilene Sampaio, escritora e professora, e Mandu Holanda, poeta e oficial de justiça, irmã do seu maior inspirador, Gabriel A. Holanda, poeta e filósofo.


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Um comentário sobre ldquo;Neolatina: Mostra de poesia lusófona, por Ariadna Sampaio Camurça

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